terça-feira, 31 de agosto de 2010

Trator a biocombustível será lançado na Expoema



Um dos atrativos do stand da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) na Exposição Agropecuária do Estado do Maranhão (Expoema), deste ano, será o lançamento dos testes do primeiro trator usando biocombustível de óleo vegetal através da queima direta em motores diesel. Tanto a máquina para conversão do combustível quanto ao trator para demonstração prática estarão em exposição.

Em meio à necessidade contínua do crescimento e da modernização, há uma nova preocupação no que condiz aos cuidados com o meio ambiente e o barateamento na produção de combustíveis, além do esgotamento dos recursos anteriores. O petróleo, mais utilizado atualmente, não corresponde a nenhuma das exigências do novo século, mesmo que não estivesse se esgotando, é poluente e caro. Por isso, pesquisas que envolvam o uso de gordura vegetal e animal é o foco de vários pesquisadores, inclusive na Uema, representados pelo Núcleo de Biocombustíveis da Instituição (UemaBio). Os melhores resultados têm sido obtidos em testes com espécies oleaginosas como babaçu, mamona, algodão, entre outros.

A substância pode ser utilizada em motores das mais diferentes funções, engloba máquinas e equipamentos agrícolas, geradores de energia, veículos de transporte de pessoas e de mercadorias, atividades agropecuárias e florestais, além de transporte rodoviário, hidroviário e ferroviário, veículos de transporte público e coletivo urbano.

De acordo com Hamilton Almeida, coordenador das pesquisas, "o UemaBio fará uma parceria com a Prefeitura de São Luís para viabilizar o uso desses combustíveis em veículos da frota de lixo e no transporte urbano (para baratear a passagem). Além disso, também pretendemos fazer trabalho com a Vale, usando biocombustíveis nos trens".

Além do mostruário também serão oferecidos treinamento e qualificação para técnicos, professores, alunos, empresários e pequenos agricultores com o tema "Uso de Biocombustível na Queima Direta em Motores Diesel". A intenção é familiarizá-los com as novidades e mostrar que é uma tecnologia viável mesmo para os de empresas menores. "Agricultores podem ter a bomba (máquina) em casa. Em um primeiro momento para adquirir o equipamento pode sair mais caro, mas produzir um combustível com base vegetal e animal a custo médio de R$ 0,40, compensa", afirmou Hamilton.

Equipe responsável pelas pesquisas:

- Prof. Pós - Doutorando Hamilton Jesus Santos Almeida

- Estudantes do Curso de Agronomia do CCA/Uema

Daniel de Lima Corrêa

Plhinio Vinicios Morais

Alan Jorge Rodrigues

Romulo Diego

Luis Carlos

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