A Secretaria de Estado de Igualdade Racial (Seir) realiza em São Luís, nestas quarta (1º) e quinta-feira (2), o encontro "Gestão Pública e Política de Promoção da Igualdade Racial". O objetivo é capacitar e discutir as práticas dos gestores públicos municipais. Ao todo, 80 municípios do Maranhão foram convidados pela Seir a participarem do encontro.
Participaram da solenidade de abertura o representante de segmentos de quebradeiras de coco; ciganos; povos indígenas; representantes das comunidades de terreiros; movimento negro e integrante dos quilombolas.
O representante dos quilombolas da comunidade Sharco em São Vicente Ferry, Manoel Santana Costa informou sobre a falta de segurança no movimento, que está em conflito há dois anos, falta de água potável, ausência de energia elétrica e a necessidade de uma escola primária para as mais de 25 crianças da comunidade.
De acordo com a representante dos ciganos de Codó, onde permanecem 35 famílias, Francisco Chagas Jansen, responsabilizou os agentes públicos para a permanência da cultura. "O papel dos gestores públicos é ajudar a região a preservar a cultura Cigana", disse Francisco.
Sobre os povos indígenas foi citado a descaracterização da língua origem, que é uma reação da implementação do ensino universal nas aldeias, quando os índios, na constituição de 1988, têm o direito a educação diferenciada. Ou seja, fazer uso da língua nata. "Nas aldeias tem apenas o ensino fundamental. A partir do ensino médio os índios devem se deslocar para cidade", disse o representante do segmento.
Secretária de Estado de Igualdade Racial, Claudete Ribeiro, conclui durante a abertura do encontro: "A política não é eficaz. E política que não é eficaz, é política de faz de conta", afirma que a política praticada pelos gestores deve ser eficiente, e que, a partir da política eficiente, as mudanças acontecerão.
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